segunda-feira, 16 de março de 2015



Olá, pessoal!

Dia 14 de março - Dia da Poesia

Eu gravei na TV/UFG um poema em homenagem à minha terra: 
Povoado de Souzalândia - distrito de Barro Alto/Go.



Abraços poéticos...

Vanusa Nogueira Neves

personagem: Glorinha Fulustreka

page no facebook: Glorinha Fulustreka


quinta-feira, 5 de março de 2015

Oficina de Jogos Teatrais 
Profa. Dra. Ingrid Dormien Koudela 
Parceria do CEP Ciranda da Arte e o PPG em Performances Culturais  (24 a 26 de fevereiro de 2015). Eu participei e adorei!!! Fotos: Vanusa Nogueira











quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

FORMAÇÃO EM CRISTALINA/GO


Formação Continuada para Professores da Educação Infantil em Cristalina/Go.
Módulo: A literatura infantil na educação infantil
Profª: Vanusa Nogueira Neves (personagem: Glorinha Fulustreka)

NEPIEC - Núcleo de Estudos e Pesquisas da Infância e sua Educação em Diferentes Contextos
FE - Faculdade de Educação
UFG - Universidade Federal de Goiás
dez 2014 - jan 2015










quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Todas as Vidas
                   Cora Coralina (escritora goiana)

Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé
do borralho,
olhando para o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...
Vive dentro de mim
a lavadeira
do Rio Vermelho.
Seu cheiro gostoso
d'água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde
de São-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada,
sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim
a mulher roceira.
-Enxerto de terra,
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos,
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo ser alegre
seu triste fado.
Todas as vidas
dentro de mim:
Na minha vida -
a vida mera
das obscuras!